sexta-feira, 30 de novembro de 2012

VOCÊ usa MÁSCARAS!

"Quantos princípios são necessários para vivermos harmoniosamente em uma comunidade! São regras e mais regras! Existem com propósitos e outras nem porquê possuem... Às vezes quebramos todas elas!!! às vezes questionamos a sua validade para os dias atuais: seria melhor renovar algumas ideias! Já dizia a professora de sociologia: precisamos usar uma máscara para cada momento social! Máscaras?! Quantas terei de usar? Será que estas máscaras tem que ver com os princípios de polidez que vimos em Linguística? 'Como vai?' 'Você tem X opções, qual você vai usar?' São máximas de tato, de generosidadee tantas outras... 'vixi!' você pode escolher! e ainda prefere se expressar de forma 'equivocada'... Não digo que não conteste, mas que saiba fazê-lo... pense nisso!"

Marca páginas CLIPE LAÇO

 

Transforme um simples clipe de metal em um lindo marca páginas.



quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A língua de Eulália

Bagno traz através da novela sociolinguística A língua de Eulália, os embargos e soluções das dúvidas e preconceitos diários do entendimento do leitor sobre o português.
O enredo passa-se numa viagem de férias de três estudantes universitárias ao interior de São Paulo, Vera, Emília e Silvia. Essas férias prometem ser mais que um passeio. O destino é a casa de uma professora universitária “aposentada” Irene e sua amiga Eulália.
A partir de discussões sobre a forma diferente de falar de Eulália as três jovens atualizarão seus conhecimentos linguísticos com a professora Irene. Passam a se reunir todos os dias para discutir o português nosso de cada dia.
O livro faz uma viagem às origens da língua contemplando as mudanças, fenômeno inevitável.
Alguns termos são pautados por Bagno.  Através de explicações profundas, mas simples o leitor conhece o PNP, entende que todo professor é professor de língua, que todos conhecem e sabem falar o português, que o que há realmente é o preconceito social elucidado como linguístico. Explica o rotacismo, a questão da pluralização, o fenômeno da redução, lembrando até que o português deriva de um latim “vulgar”.
Bagno aponta, através desta obra que o que existe é o diferente. E que todas as diferenças que denomina estigma possuem uma raiz, uma razão. Trata-se de uma leitura agradável, enriquecedora e muito útil.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A norma oculta, de Bagno.


 A norma oculta: língua & poder na sociedade brasileira
Marcos Bagno, em seu livro A norma oculta: língua e poder na sociedade brasileira, traz reflexões profundas do cotidiano da língua portuguesa e seus falantes.
Logo no primeiro capítulo intitulado Por que “norma”? por que “culta”? Bagno elucida o que vem a ser norma, traçando um quadro comparativo das duas vertentes deste substantivo, a saber, normal e normativo, sendo um o real e o outro o ideal, respectivamente. O termo culto refere-se ao estrato social de quem se atribui o falar rebuscado da literatura de “não se sabe quem”. Aquilo que não faz parte desta estratificação é estereotipado como “erro”.
Importa também salientar que no falar privilegiado da população há um distanciamento do português-padrão, marcado aqui como norma padrão (ideal). Maior distanciamento é perceptível entre este e as variedades estigmatizadas.
E são estes os termos utilizados por sociolinguistas para caracterizar a língua em relação à sociedade brasileira: padrão (tradição gramatical); prestígio (falantes com escolaridade superior completa); e estigma (norma popular – “inculta”, “estropiada”).
Vale ressaltar que esta estratificação tem mais que ver com a posição social dos falantes que propriamente o falar em si. Argumento este embasado nos termos supracitados: o falar privilegiado está longe de ser a norma ideal (padrão), porém construções consideradas “erros crassos” quando cometidos por falantes estigmatizados não são consideradas tão “erradas” assim quando realizada por falantes de prestígio.
No último capítulo que intitula a obra de Bagno, Norma oculta, aponta uma discriminação não explícita por trás do disfarce linguístico, a discriminação social. Pode-se então contemplar que Bagno instiga o leitor a questionar o excesso de conservadorismo, examinar a língua e remover o rótulo de “erro” aplicado à fala.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Educação

Ken Robinson em sua palestra no TED- centro de conferências de assuntos diversos e relevantes-, disponível no canal do youtube.com, aponta a escola tradicional como um ambiente que atrofia e, paulatinamente, extingue a criatividade do indivíduo. Esse indivíduo é inserido em um universo “alheio” a si e, considerado sem conhecimento de valores reais para a educação tradicional, é moldado.
E não há problemas ou questionamentos em se propiciar uma direção, um norte: quando uma criança chega a uma sala de aulas traz consigo uma bagagem em seus poucos e tenros anos. É o conhecimento de mundo e comunicação que apreendeu. E ainda tem um mundo todo para absorver, canalizar, selecionar, descartar e utilizar. Ela precisará de direcionamento e esse direcionamento é válido quando sua bagagem tem espaço no “universo alheio”.