Escrevendo um artigo crítico sobre o ensino da Língua Portuguesa no
Brasil com textos base extraídos de reportagens de Beatriz Santomauro à Revista
Nova Escola online, me pergunto que tipo de ensino de Língua
Portuguesa foi o que tive.
Já
li e reli as matérias e textos extras de autores como Bagno, Irandé e as ideias
que povoam a mente são inatingíveis, quase que impossível de transpor para a escrita.
Então,
observando a Linha do Tempo traçada na reportagem de mesmo título, traço a
minha própria linha e vou resgatando o que aprendi e apreendi. Lembro então que
na primeira série, o que hoje temos como segundo ano, aprendi a tracejar as
vogais e a escrever meu nome, se bem que já o sabia, mas havia um padrão e era
preciso se adequar a ele. Começamos a copiar a lição. Eu queria mais, mas
aquele era o conteúdo. Isso se deu no ano de 1992, estava entre a Psicogênese e
os PCN’s, mas não encontrei interação
ali.
Até
o restante do Ensino Fundamental I, que se encerrou na quarta série (quinto
ano) copiei lições, tirei notas azuis e amei as letras e frases feitas que
consegui copiar com esmero. Mas não me recordo que conteúdo teve em Língua
Portuguesa até então, só as notas que ficaram em meu histórico escolar.
No
ano seguinte, quinta série (sexto ano), até a oitava série (nono ano), com
intervalo na sétima série, caso especial, o contato com Língua Portuguesa se
deu de forma mais estreita porque aprendi a amar a Língua. As leituras se
tornaram mais constantes, os gêneros textuais apresentados, mas continuei uma
copiadora e amante dos tempos verbais mais que perfeitos e sem contexto de uso.
Santomauro
com a reportagem sobre metodologia de ensino da Língua Portuguesa, me fez
concluir que apesar de, no meu último ano da educação básica (2000), já se
postular a proposta construtivista, a metodologia de ensino utilizada para
minha formação foi o método analítico, porém as características da aprendizagem
podem ser aplicadas ao método sintético.
A
sétima série é um caso especial, como dito: nunca copiei tanto texto na lousa e
no caderno como neste ano. As aulas de produção de texto renderam-me bons
poemas quando deveriam ser dissertações e outros gêneros. Considero-me, como
mérito, ótima copiadora e letrista. Confesso que tenho medo de redação como
muitas pessoas têm medo de palhaço. O encadeamento das ideias para uma produção
de textos críticos não cumpre seu livre trajeto nas minhas produções. Não sei o que você, leitor, pensa de suas bases linguísticas, mas conquanto a mim, sinto-me ainda deficiente, como amante da Língua Portuguesa.
SANTOMAURO, Beatriz. O que ensinar em língua portuguesa. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/papel-letras-interacao-social-432174.shtml>. Acesso em 25 janeiro 2013.
SANTOMAURO, Beatriz. O que ensinar em língua portuguesa. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/papel-letras-interacao-social-432174.shtml>. Acesso em 25 janeiro 2013.