sábado, 16 de fevereiro de 2013

MINHA LÍNGUA PORTUGUESA


Escrevendo um artigo crítico sobre o ensino da Língua Portuguesa no Brasil com textos base extraídos de reportagens de Beatriz Santomauro à Revista Nova Escola online, me pergunto que tipo de ensino de Língua Portuguesa foi o que tive.
Já li e reli as matérias e textos extras de autores como Bagno, Irandé e as ideias que povoam a mente são inatingíveis, quase que impossível de transpor para a escrita.
Então, observando a Linha do Tempo traçada na reportagem de mesmo título, traço a minha própria linha e vou resgatando o que aprendi e apreendi. Lembro então que na primeira série, o que hoje temos como segundo ano, aprendi a tracejar as vogais e a escrever meu nome, se bem que já o sabia, mas havia um padrão e era preciso se adequar a ele. Começamos a copiar a lição. Eu queria mais, mas aquele era o conteúdo. Isso se deu no ano de 1992, estava entre a Psicogênese e os PCN’s, mas não encontrei interação ali.
Até o restante do Ensino Fundamental I, que se encerrou na quarta série (quinto ano) copiei lições, tirei notas azuis e amei as letras e frases feitas que consegui copiar com esmero. Mas não me recordo que conteúdo teve em Língua Portuguesa até então, só as notas que ficaram em meu histórico escolar.
No ano seguinte, quinta série (sexto ano), até a oitava série (nono ano), com intervalo na sétima série, caso especial, o contato com Língua Portuguesa se deu de forma mais estreita porque aprendi a amar a Língua. As leituras se tornaram mais constantes, os gêneros textuais apresentados, mas continuei uma copiadora e amante dos tempos verbais mais que perfeitos e sem contexto de uso.
Santomauro com a reportagem sobre metodologia de ensino da Língua Portuguesa, me fez concluir que apesar de, no meu último ano da educação básica (2000), já se postular a proposta construtivista, a metodologia de ensino utilizada para minha formação foi o método analítico, porém as características da aprendizagem podem ser aplicadas ao método sintético.
A sétima série é um caso especial, como dito: nunca copiei tanto texto na lousa e no caderno como neste ano. As aulas de produção de texto renderam-me bons poemas quando deveriam ser dissertações e outros gêneros. Considero-me, como mérito, ótima copiadora e letrista. Confesso que tenho medo de redação como muitas pessoas têm medo de palhaço. O encadeamento das ideias para uma produção de textos críticos não cumpre seu livre trajeto nas minhas produções. Não sei o que você, leitor, pensa de suas bases linguísticas, mas conquanto a mim, sinto-me ainda deficiente, como amante da Língua Portuguesa.

SANTOMAURO, Beatriz. O que ensinar em língua portuguesa. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/papel-letras-interacao-social-432174.shtml>. Acesso em 25 janeiro 2013.

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