terça-feira, 22 de outubro de 2013

QUASE DEUSES - dica de filme

Fonte: imagem de capa de DVD.
O longa-metragem Quase Deuses foi  escrito pelos roteiristas Peter Silverman e Robert Caswell e dirigido por Joseph Sargent. Lançado em 2004, a produção foi realizada pelos estúdios HBO e Nina Saxon Film Design. Baseado em fatos reais, narra a história de Vivien Thomas (1910-1985), um afro-americano e do Dr. Alfred Blalock (1899 – 1964).
            O filme relata a realidade da segregação racial vivida nos Estados Unidos daqueles anos. Os afrodescendentes viviam uma liberdade marcada pela discriminação e marginalização. Havia separação entre ambientes para brancos e negros, inclusive em repartições públicas como mostra no hospital John Hopkins há um banheiro para os brancos, outros para os negros (man colored).
            O início é marcado pelo resultado da Grande Depressão que afetou os EUA em 1929. Vivien Thomas (Mos Def), um excelente carpinteiro, é demitido porque estavam dando preferência a quem era casado e tinha filhos. Nesse ínterim, Thomas consegue um emprego de faxineiro com o Dr. Alfred Blalock (Alan Rickman), que realiza pesquisas através de experiências com cachorros para encontrar a solução para algumas doenças humanas. Ele apresentava um talento nato para aprender e logo impressiona o Dr. Blalock. Vivien havia decidido que faria faculdade, mas por causa da Depressão o banco em que havia depositado seu dinheiro faliu e  todas as suas economias foram perdidas.
            Surpreso com Thomas, o Dr. o torna seu auxiliar nas pesquisas. Seu desempenho ultrapassa o de seus antecessores, o que é um mérito maior por Vivien ser negro, algo que naquele momento da história era sinônimo de falta de inteligência. Com o auxílio de Vivien o Dr. Blalock alcança sucesso cada vez mais nos seus experimentos e Vivien já havia estudado todos os livros que o doutor tinha em seu laboratório.
            Pela notoriedade, o Dr. Blalock foi convidado para ser o presidente do departamento de cirurgia do Hospital Universitário John Hopkins e Vivien, agora já casado e com filhos (1945), o acompanha como seu auxiliar técnico. No hospital era uma cena que no mínimo causava espanto ver um negro de jaleco branco. Porém mesmo Vivien assumindo essa posição precisava entrar pelas portas dos fundos e bater cartão. Era no mínimo estranho também o fato de Vivien nunca ter estudado na faculdade de medicina ser auxiliar técnico de laboratório.
            Nesse tempo não se realizava cirurgias cardíacas, porém para desvendar o caso do bebê azul, uma doença cardíaca que deixava bebês cianóticos, Vivien e o Dr. Blalock estudam afinco. Vivien conseguiu encontrar a solução para tal problema e a primeira cirurgia no coração foi marcada e assistida. Vivien deu as instruções para o Dr. Blalock, porém todos os créditos foram para o Dr.
            Vivien não era médico, mas atuava tanto quanto um. Aborrecido com o Dr. por não lembrar disso, deixa o hospital e vai vender remédios de porta em porta, mas não fica feliz. Então volta para o hospital e pede para o Dr. aceitá-lo de volta.
            Com o tempo Vivien tornou-se o diretor de laboratórios do hospital. Revolucionou o entendimento sobre o funcionamento do coração e também chefiou e ensinou a muitos médicos nos processos de cirurgia cardíaca, recebendo por mérito o título de Doutor Honoris Causa.
com Josué Ferreira de Queiroz

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