ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola,
2009.
Josi LS
O capítulo A língua e a identidade cultural de um povo, do livro Língua, texto e ensino: outra escola
possível, de Irandé Antunes, levanta alguns questionamentos como: o que se
configura "língua" e em que sentido a norma da língua é empregada
entre outros do mesmo cerne. A partir dos questionamentos levantados sugere que
os professores compreendam que apenas o uso da gramática tradicional e a
aplicação das regras da "norma culta" não suprem a necessidade do
aluno, pois foge do contexto social deste. Há, segundo a autora, a necessidade
apresentadas por estes profissionais de maior conhecimento de coesão e
coerência, a intertextualidade, as funções de escrita e leitura e como avaliar.
Também é apresentado neste capítulo o
erro de se propagar o erro no que se trata de ainda se dizer que é errado isso
ou aquilo. Como cita o exemplo em que os alunos avaliaram um texto escrito em
português de, os alunos apontaram de forma unânime que tal texto estava repleto
de erro de português, não reconhecendo a passagem do tempo, as transformações
da língua.
No capítulo Textualidades e gêneros textuais: referência para o ensino de línguas,
compõe a segunda parte do livro e aborda as características dos gêneros
textuais e seu reflexo no ensino de línguas. O conhecimento do gêneros textuais
configuram-se importante ferramenta para o professor para ensinar a linguagem
no contexto interacional. Não há por parte de Antunes o desprestígio da
gramática, mas o incentivo de seu ensino funcional. E mais uma vez ressalta que
os professores devem ampliar a visão de como avaliar seus alunos, não somente
corrigir seus exercícios.
O capítulo cinco aponta que os alunos
precisam ser ensinados sobre o que está implícito no texto, direcionados à
análise do texto. E cada um dos capítulos é finalizado com uma pergunta, uma
reflexão para o leitor, um chamado para compreensão, para se desfazer os
equívocos, para se debater mais sobre outra escola possível.