quinta-feira, 26 de junho de 2014

Língua, texto e ensino:outra escola possível: capítulos um, três e cinco.

ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009.
Josi LS

O capítulo A língua e a identidade cultural de um povo, do livro Língua, texto e ensino: outra escola possível, de Irandé Antunes, levanta alguns questionamentos como: o que se configura "língua" e em que sentido a norma da língua é empregada entre outros do mesmo cerne. A partir dos questionamentos levantados sugere que os professores compreendam que apenas o uso da gramática tradicional e a aplicação das regras da "norma culta" não suprem a necessidade do aluno, pois foge do contexto social deste. Há, segundo a autora, a necessidade apresentadas por estes profissionais de maior conhecimento de coesão e coerência, a intertextualidade, as funções de escrita e leitura e como avaliar.
Também é apresentado neste capítulo o erro de se propagar o erro no que se trata de ainda se dizer que é errado isso ou aquilo. Como cita o exemplo em que os alunos avaliaram um texto escrito em português de, os alunos apontaram de forma unânime que tal texto estava repleto de erro de português, não reconhecendo a passagem do tempo, as transformações da língua.
No capítulo Textualidades e gêneros textuais: referência para o ensino de línguas, compõe a segunda parte do livro e aborda as características dos gêneros textuais e seu reflexo no ensino de línguas. O conhecimento do gêneros textuais configuram-se importante ferramenta para o professor para ensinar a linguagem no contexto interacional. Não há por parte de Antunes o desprestígio da gramática, mas o incentivo de seu ensino funcional. E mais uma vez ressalta que os professores devem ampliar a visão de como avaliar seus alunos, não somente corrigir seus exercícios.

O capítulo cinco aponta que os alunos precisam ser ensinados sobre o que está implícito no texto, direcionados à análise do texto. E cada um dos capítulos é finalizado com uma pergunta, uma reflexão para o leitor, um chamado para compreensão, para se desfazer os equívocos, para se debater mais sobre outra escola possível.

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